Jardins Ingleses

Para quem acompanha o blog a mais tempo, pode observar que eu estava escrevendo um histórico do paisagismo, e o último estilo de jardim abordado foi o Jardim Francês. Hoje darei sequência ao histórico abordando os Jardins Ingleses.

No século XVIII, reinado de Luiz XV, o estilo francês entrou em declínio devido a sua busca exagerada por formas e simetria. Como uma reação aos franceses e uma influência oriental, os jardins ingleses, propunham uma imitação da natureza em seu traçado livre e sinuoso, através de paisagens pitorescas que objetivavam a continuidade aos sistemas já existentes.

As características destes jardins, inspiravam-se basicamente nos jardins do velho império chinês, que tinham como característica básica a irregularidade e a falta de simetria dos caminhos, além de não possuírem esculturas vegetais, monumentos e arcos.

Reprodução em tela de um jardim inglês

Um dos objetivos do jardim  inglês, era de que as pessoas percebessem como jardim toda a natureza que estava a sua volta, por isso suas principais características  eram as linhas graciosas, ampla extensão de gramados,  amplas ruas, terrenos acidentados possibilitando a apreciação do jardim em perspectivas, pequenos bosques, poucas árvores, plantação de árvores mortas e construção de ruínas.

A ordenação assimétrica provocava uma complexidade visual, porém eram mais difíceis de se compor. Muitos desses jardins foram projetados como se fossem um quadro, dividido em 3 planos ordenados em torno de um ponto de vista principal como um lago, um templo ou uma fonte.

A imaginação e o movimento eram instigados por caminhos curvos que desapareciam e por linhas de vista encobertas por alguns galhos. Cada espaço era projetado a partir de um ponto de vista a ser destacado, e os gramados utilizados nos planos mais próximos eram fundamentais para destacar as colinas e as depressões dos jardins, proporcionando excelentes contrastes.

Os ingleses gostavam muito de utilizar água e grama nos espaços abertos, sendo a água sempre o maior atrativo do jardim.

Esse estilo foi utilizado na Inglaterra e em alguns locais da Europa por quase dois séculos, depois entrou em decadência.

Seus maiores representantes foram os paisagistas William Kent e William Chambers.  

Fontes: 

http://www.educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br/images/material_didatico/paisagismo/paisagismo_historia_do_paisagismo.pdf

http://www.40forever.com.br/jardins-ingleses/

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PLANTAS TÓXICAS USADAS NO PAISAGISMO

Denomina-se planta tóxica todo vegetal que introduzido no organismo do homem ou do animal, seja capaz de ocasionar danos que se refletem na saúde e vitalidade desses seres. Características como folhas coloridas, flores chamativas e cheirosas, entre outras são atrativas aos nossos olhos, porém, o que muitos esquecem é que essas plantas podem apresentar substâncias extremamente tóxicas.

No Brasil, todos os anos, ocorre um grande número de acidentes com plantas tóxicas, isso porque muitas são de interesse ornamental  devido à sua beleza, sendo facilmente encontradas em jardins, residências e até mesmo em locais públicos.

Segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), 60% dos registros de intoxicação ocorre em crianças menores de 9 anos e de maneira acidental. A intoxicação também é muito comum nos animais domésticos.

Por isso resolvi escrever o post de hoje, para alertar sobre algumas plantas comuns encontradas facilmente em residências e locai públicos.

A planta tóxica ocasiona um desequilíbrio que traduz no paciente sintomas de intoxicação. As principais substâncias tóxicas encontradas nas plantas são: Oxalato de cálcio; Toxalbumina; Glicosídeo cardíaco; Glicosídeo cianogênico; Glicosídeo saponínico;  Alcalóide; Látex cáustico; Histamina; Acetilcolina e Substâncias fotossensibilizantes.

Existe um número muito grande de plantas tóxicas, muitas são de conhecimento popular como: Comigo – Ninguém – Pode, Tinhorão, Espada de São Jorge, entre muitas outras. Por isso listei 5 plantas tóxicas que são facilmente encontradas e que podem ter a sua toxicidade desconhecida por muitos. 

1- Allamanda cathartica ( Alamanda amarela):

Características Gerais: Trepadeira arbustiva, nativa da America tropical e subtropical, amplamente cultivada como planta ornamental, sendo facilmente encontrada em muros e calçadas.

Na sabedoria popular é conhecida como a “flor que mata cavalos”.

Parte tóxica: Todas as partes da planta, especialmente o látex.

Princípios tóxicos: Glicosídeos cardiotóxicos.

Sintomatologia: Podem ocorrer severas perturbações digestivas com vômitos, cólicas, diarreias, sede, febre e inchaço dos lábios. O látex, em contato com a pele, pode ocasionar o desenvolvimento de dermatite com erupção da pele.

2-  Rhododendron spp. ( Azaléia)

Características Gerais: Arbusto de flores que podem ser perenes ou de folhas caducas. É considerada um dos símbolos da cidade de São Paulo. Muito encontrada em praças na forma de árvores e arbustos, nas residências podem ser encontradas nos jardins ou em vasos.

Parte tóxica: Folha, flores e o néctar

Princípios tóxicos: Terpenóides

Sintomatologia: A ingestão das folhas, flores e néctar podem causar distúrbios digestivos, hiper ou hipotensão cardíaca, acarretando consequentemente em bradicardia e arritmias.

3- Anthurium spp ( Antúrio) 

Características gerais: Originária da América do Sul é uma planta perene, semi-herbácea que pode atingir até 1 metro de altura. A sua folhagem ornamental é comumente encontrada em vasos nas residências.

Parte tóxica: Toda a planta

Princípios tóxicos: Oxalato de cálcio

Sintomatologia: Podem causar irritação nas mucosas da boca, faringe e laringe. Nos casos mais graves podem causar náuseas, vômitos, sensação de queimação, dificuldade de engolir e asfixia. Quando em contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

4- Zantedeschia aethiopica  ( Copo-de-leite)

Características Gerais: Arbustiva originária da África, resistente às variações de temperatura. Floresce na primavera. São tradicionalmente utilizadas como ornamento nas casas, em vasos. 

Parte tóxica: Todas as partes da planta.

Princípios tóxicos: Oxalato de cálcio

Sintomatologia: Se ingerida, causa inchaço na boca e língua, náusea, vômitos, diarreia, produção exagerada de saliva, dificuldade na deglutição e asfixia.Assim como o antúrio, se em contato com os olhos pode causar lesões na córnea.

5- Nerium oleander (Espirradeira)

Características Gerais: Planta arbustiva originária do Mediterrâneo. Pode atingir até 4 metros de altura e as flores podem ser de coloração branca, rósea ou vermelha. Por possuir baixa estatura é muito utilizada em projetos de arborização urbana.

Parte tóxica: Todas as partes da planta são extremamente tóxicas para homens, animais e insetos.

Princípios tóxicos: Glicosídeos cardioativos.

Sintomatologia: A ingestão ou contato com o látex podem causar dor e queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarreia mucosanguinolenta, tonturas, sonolência e distúrbios cardíacos que podem levar à morte.

Têm sido relatados vários casos de envenenamento por seu uso como abortivo, com fins suicidas ou homicidas.

Essas foram somente algumas plantas tóxicas que são facilmente encontradas em residências, parques e vias urbanas. Como é difícil distinguir uma planta se  é tóxica ou não fica como regra geral não ingerir ou utilizar de outro modo as plantas. Outras medidas de prevenção incluem: 

1- Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos (fazer comidinha, tirar leite, etc..)

2- Não prepare remédios caseiros ou chás com plantas sem orientação médica.

3- Evite fumaça de plantas que estão sendo queimadas.

4- Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas.

5- Tome cuidado ao podar plantas que liberam látex, provocando irritação na pele e principalmente nos olhos, use luvas e lave bem a mãos após manusear as plantas.

6- Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.

7- Em caso de intoxicações ligue 0800-722-6001

Fontes: 

MATOS, F.J.A., LORENZI, H., SANTOS, L.F.L., MATOS, M.E.O., SILVA, M.G.V., SOUSA, M.P. Plantas Tóxicas: estudo de Fitotoxicologia Química de Plantas Brasileiras. 1. ed. Nova Odessa – SP: Ed. Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. 247p. ;

http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/ecocamara/o-ecocamara/noticias/relacaoplantastoxicas.html

http://brasilescola.uol.com.br/biologia/plantas-toxicas.htm

Plantas Tóxicas Dr. Carlos A. Caldeira Mendes CEATOX – SJRio Preto Hospital de Base- SEC FUNFARME/FAMERP ( http://slideplayer.com.br/slide/5971584/)

http://plantastoxicas-venenosas.blogspot.com.br/

 

 

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Babosa

Hoje irei escrever sobre essas suculenta de origem africana e atualmente encontrada em todas as partes do planeta.  A  Aloe vera, também conhecida como babosa, planta da imortalidade e lírio do deserto.

 É uma das plantas de uso  tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus que costumavam envolver os mortos em lençol embebido no sumo da babosa, para retardar a putrefação, e em extrato de mirra para encobrir o cheiro da morte, como ocorreu com Jesus Cristo ao ser retirado da cruz. 

Historiadores apontam também, que a babosa, era transportada pelos soldados do exército de Alexandre o Grande para ser utilizada como medicamento de primeiros socorros, sendo aplicada nos ferimentos das batalhas, acelerando a cicatrização. Existem resgistros de que a planta também foi utilizada como medicamento na frota de Cristóvan Colombo.

Diz a lenda que essa planta era tida como o grande segredo de beleza de Cleópatra, que no Egito Antigo, encantava a todos por sua pele radiante.

A babosa, assim como as demais plantas  pertencentes à família das suculentas, são capazes de sobreviver em climas desérticos por armazenarem água. Porém, através de uma análise fitoquímica de suas folhas constatou-se que esse líquido não era somente água, mas sim uma mucilagem (gel) composto de polissacarídeos com propriedades fitoterápicas, antivirais, fungicidas e bactericidas.

Este gel presente em suas folhas possui compostos que fornecem à planta uma rápida capacidade de regeneração, quando esta sofre qualquer ruptura ou corte, o gel quase que instantaneamente sela toda a parte evitando que a planta perca água e se desidrate.

 Os compostos presentes no gel de aloé que protegem a planta, são os mesmos que nos fornecem inúmeros benefícios e que fazem a babosa ser utilizada pela população por muitos anos.

Entre os benefícios fornecidos por essa planta podemos citar: poder de cicatrização e regeneração do gel; redução de processos inflamatórios no organismo; estabilização da glicemia sanguínea em diabéticos; equilíbrio do colesterol e triglicérides; tratamento de úlcera, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn e doença Celíaca e fortalece a imunidade e destrói tumores cancerígenos

Diversos estudos científicos já comprovaram a eficácia da utilização da Aloe no tratamento e prevenção de diversas doenças. Deixarei o link  no fim do texto para quem se interessar em aprofundar mais nesse tema.

Fonte: Blog Isto é Japão

A Aloe também é muito utilizada em projetos de paisagismo e em decorações. Abaixo darei algumas dicas de como cultivar essa planta.

Características: Planta herbácea, suculenta que pode atingir até 1 metro de altura. As flores podem ser amarelas ou avermelhadas (Aloe ferox) e nascem de um longo pedúnculo que surge no centro das folhas grossas. As folhas por sua vez são grossas, firmes e quebradiças, com a borda cheia de espinhos. Quando adulta a planta produz de 15 a 30 folhas por ano.

Clima: Embora aceitem grande variação de temperatura adaptando-se bem em várias regiões, desenvolvem-se melhor em ambientes de clima quente.

Solo: Solos permeáveis e bem drenados são os mais adequados para o desenvolvimento da babosa. 

Propagação: A propagação é por meio vegetativo de folhas e rebrotos, que enraízam bem quando plantados em terra fofa.

Colheita: A primeira colheita ocorre quando a planta emite novos rebrotos, as demais são feitas a cada ano antes da estação das chuvas. A colheita deve ser feita manualmente, cortando somente as folhas periféricas da base, em geral de 5 a 6 unidades por planta.

Produção: No primeiro ano a plantação pode render até 100 quilos por hectares e chegar a 400 quilos no quinto ano. O volume do suco de babosa pode chegar a 250 litros em um hectare.

É importante salientar que todos os equipamentos que forem entrar em contato com o gel devam ser de aço inoxídavel evitando-se assim a oxidação.

Fontes:

Plantas Medicinais no Brasil – Nativas e Exóticas – 2ª Ed. – Harri Lorenzi

http://scholar.google.com/scholar?q=aloe+vera+inflammation&hl=en&lr=

http://scholar.google.com/scholar?q=aloe+vera+diabetes&hl=en&lr=

http://scholar.google.com/scholar?hl=en&lr=&q=aloe+vera+tumors

http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1554799-4529,00.html

http://flaviopassos.com/aloe-vera-a-rainha-das-plantas-medicinais/

 

 

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Maria-sem- vergonha Impatiens walleriana

Hoje irei escrever um pouco sobre essa linda flor que por apresentar um crescimento muito rápido, recebeu o nome científico Impatiens, que no latim significa impaciente. A facilidade em se reproduzir, bastando apenas um galinho e umidade para poder criar raízes, a sua capacidade em se espalhar de forma rápida, invadindo muros, cercas e jardins a fizeram ficar popularmente conhecida como maria-sem-vergonha. Outra característica marcante é a facilidade com que suas cápsulas se arrebentam ao menor contato, lançando longe as sementes, fizeram com que também ficassem conhecidas como beijo.

Essa planta  é amplamente cultivada no mundo todo para fins ornamentais, principalmente na forma de canteiros à meia-sombra, porém, o que muitos talvez não saibam é que suas flores podem ser consumidas,tanto cruas como cozidas. Só deve-se tomar o cuidado para não consumir as folhas jovens, porque estas mesmo cozidas, apresentam um pouco de ráfides de oxalato de cálcio.

As sementes também podem ser consumidas cruas ou torradas, podendo ser utilizadas em coberturas de pães e em saladas.

Por apresentar uma fácil propagação deve-se tomar alguns cuidados para que a flor não se torne uma invasora no seu próprio jardim. Abaixo seguem algumas dicas de como cuidar dessas plantinhas.

Características: Nativa da África é uma planta herbácea, perene e que pode atingir de 20-40 cm de altura. Apresentam flores solitárias e de coloração variada, sendo geralmente encontrada nas cores: vermelhas, róseas, salmão, roxas ou brancas. Os frutos são elipsoides,do tipo cápsula suculenta com deiscência explosiva.

Clima: Por ser uma planta de alta adaptação ao clima nacional pode ser cultivada em qualquer região do país, tanto a pleno solo como em meia-sobra.

Irrigação: O solo deve ser mantido sempre úmido, apesar de ser uma planta bem adaptada a diversas temperaturas, quando a temperatura estiver acima de 18°C aconselha-se regar com maior frequência, tendo o cuidado de não encharcar a planta. E quando as temperaturas estiverem abaixo de 18°C, aconselha-se diminuir as regas.

Solo: Um solo rico em matéria orgânica facilitará seu crescimento e uma adubação com fósforo estimula a sua floração.

Propagação: Propaga-se por sementes ou mudas.

Cuidados: Depois de alguns anos, a flor passa a ter uma aparência velha com folhas feias e mortas, devendo-se remover as mudas e replantá-las ou adquirir novas mudas.

Para quem planta em vaso um dica importante é que a Maria-sem-vergonha, floresce melhor quando suas raízes estão amontoadas, sendo assim, aconselha-se reenvasar a planta somente quando  ela tiver preenchido todo o vaso. O melhor período para fazer a troca do vaso é na primavera.

Usos Culinários:

 

Fonte : tainagaspar.com

Geleia de flores de Maria-sem-vergonha

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Fonte: livro PANC no Brasil

Colete as flores e lave-as. Triture as flores adicionando um pouco de água. 

Adicione metade do açúcar cristal em relação à polpa e junte pectina.

Mexa até atingir o ponto desejado, fica parecendo geleia de morango.

Fontes:

  1. KINUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Nova Odessa: Ed. Plantarum, 768p. 2014;

  2. http://www.cuidar.com.br/maria-sem-vergonha

  3. http://www.paisagismobrasil.com.br/index.php?system=news&news_id=555&action=read

  4. http://flordojardins.topartigos.com/impatiens.html

  5. https://tainagaspar.com/2015/06/24/pancs-parte-3-hibisco-e-maria-sem-vergonha/

 

 

 

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TAIOBA Xanthosoma sagittifolium Schott

Hoje irei escrever sobre a taioba, hortaliça originária de regiões tropicais e que frequentemente é confundida com as espécies de taro.

Por ser uma espécie de hortaliça pouco explorada comercialmente acabou perdendo espaço na mesa dos brasileiros, o que fez com que atualmente a taioba entrasse no grupo de hortaliças não-convencionais que estão sendo resgatados por alguns órgãos de pesquisas como a EMBRAPA.

A taioba por ser uma hortaliça bem versátil pode ser utilizada em várias preparações gastronômicas, podendo-se utilizar tanto as suas folhas como os seus rizomas.

A hortaliça é rica em carboidratos, proteínas, fibras, cálcio, magnésio, fósforo, ferro, sódio, potássio, zinco, vitaminas B2, B6 e C. O consumo de 100 gramas da taioba supera as recomendações diárias de vitamina A para adultos, a fécula da taioba, extraída da raiz, possui 85% de amido sendo uma boa opção de alimento energético. E por ser rica em fibras, ajuda no combate à prisão de ventre.

Porém, a hortaliça não deve ser consumida crua, pois possui níveis elevados de ácido oxálico que podem provocar inflamação e coceira nas mucosas, a ponto de causar sensação de sufocamento pelo fechamento da garganta. Efeitos que são anulados com o cozimento da hortaliça.

A taioba, também é utilizada na decoração, em jardins ou em vasos grandes, sendo conhecida também como orelha-de-elefante.

Para quem quiser cultivar essa hortaliça, seguem algumas dicas:

Características: Monocotiledônea herbácea, tropical, perene, rizomatosa e que pode atingir até 2 metros de altura. Possui como característica marcante folhas grandes cordiforme encontradas em tons de verde e roxo escuro, com enormes limbos cerosos e carnosos, e com nervuras marcantes.

Clima: O clima quente e úmido, com temperaturas acima de 20°C favorece o bom desenvolvimento da planta, que não suporta baixas temperaturas.

Luminosidade: Pode ser cultivada em local de sol pleno como em local de meia-sombra.

Solo: Deve ser bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica. Deve-se evitar solos compactados e muito argilosos, pelo fato da taioba não aceitar muito bem encharcamentos.

Irrigação: A irrigação deve ser feita mantendo o solo sempre úmido, as plantas adultas são resistentes à seca mas seu crescimento é afetado na falta de água.

Tratos Culturais: Retire as plantas invasoras que concorrem por nutrientes principalmente nos primeiros meses.

Colheita: A colheita das folhas pode ser feita de 60 a 75 dias após o plantio. A colheita dos rizomas, podem ser feita após 7 a 12 meses de plantio, dependendo das condições de cultivo. Estes devem ser desenterrados com cuidado, evitando ferimentos que apressem sua deterioração.

Propagação: A propagação se dá a partir de rizomas retirados de plantas saudáveis.

Receita:

  1. Panquecas de Folhas de Taioba

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Fonte: Livro Plantas Alimentícias não Convencionais no Brasil

Massa:

1 xícara de farinha de trigo refinada;

1 xícara de farinha de trigo integral;

1 e 1/2 xícara de leite;

1 e 1/2 xícara de água;

2 ovos;

1 colher de sopa de açúcar;

1 fio de óleo;

sal à gosto

Bata os ingredientes da massa no liquidificador e faça as panquecas

Recheio:

Folhas e talos de taioba, picados e refogados com alho,cebola, pimentão e cheiro verde.

Referências

  1. Manual de Hortaliças Não-Convencionais – MAPA;

  2. KINUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Nova Odessa: Ed. Plantarum, 768p. 2014;

  3. http://www.cpt.com.br/cursos-horticultura-agricultura/artigos/horta-como-plantar-taioba-xanthosoma-sagittifolium;

  4. http://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-plantar/noticia/2013/12/como-plantar-taioba.html

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ROSA

Como o dia dos namorados é nesse final de semana, resolvi escrever sobre a rosa que é o símbolo do amor, a “rainha das flores”.

Não importa a cor, a rosa é a mais cobiçada das flores, relacionada a perfeição, pureza, paixão, beleza, onde o desabrochar do seu botão  simboliza o segredo e o mistério da vida.

É uma flor dotada de várias simbologias e mitos, por exemplo, na mitologia greco-romana, a rosa estava associada à Afrodite ou Vênus, deusa do amor e da beleza, sendo considerada uma flor sagrada, que simbolizava a beleza e a fertilidade.

Para os gregos, segundo a lenda, a rosa era uma flor branca que se tornou vermelha no momento que Adônis foi ferido de morte e Afrodite, sua amada, ao picar-se num espinho transformou a cor das rosas.

Pela sua beleza e aroma, a rosa, é muito utilizada nas mais diversas celebrações, garantindo bons lucros aos produtores e comerciantes. Com mai de 200 espécies silvestres que ao longo do tempo  passaram por alguns cruzamentos que originaram mais de 30 mil versões de rosas híbridas, que podem ser cultivadas em qualquer estação do ano e em várias regiões.

Como quem planta ou recebe as rosas querem deixá-las vivas e floridas por muito tempo, darei algumas dicas de cuidados básicos com as roseiras.

Características: Pertencente a família das rosáceas é encontrada nas variedades arbustivas, cerca-viva, híbrida-de-chá, mini-rosa, sempre florida, rasteira e trepadeira. Todas apresentam flores exuberantes com aroma suave e marcante, podendo serem plantadas tanto em vasos como em canteiros.

Rosa híbrida-de-chá

Rosa trepadeira

Clima: Adapta-se a qualquer clima, mas tem preferência pelo clima temperado. Para florescer o ano todo, a roseira precisa de sol pleno,  ou seja, pelo menos de 6 a 7 horas diárias de luz solar direta.

Solo: As roseiras podem se desenvolver bem em qualquer tipo de solo, mas preferem os solos ricos em matéria orgânica e com boa drenagem.

Espaçamento: O espaçamento entre as plantas mudam de acordo com a variedade das roseiras:

· arbustivas: 1 metro entre as mudas
· trepadeiras: de 1 a 2 metros entre as mudas
· cercas-vivas: 50 a 80 cm entre as mudas
· híbridas-de-chá e sempre-floridas: 50 cm entre as mudas
· miniaturas: 20 a 30 cm entre as mudas
· rasteiras: 30 cm entre as mudas

Irrigação: Após o plantio das mudas até a primeira floração regue moderadamente todos os dias.Depois disso, recomenda-se irrigar uma vez por semana no inverno, duas vezes por semana em época de seca e suspender a rega em épocas de chuva.

Poda: A primeira poda deve ser feita cerca de um ano após o plantio e repetida todos os anos entre os meses de Julho e Agosto.

Pragas: As principais pragas das roseiras são os pulgões, cochonilhas, tripes e as larvas minadora.

Propagação: Propagam-se por enxertia

Principais Erros no Cultivo das Rosas:

  • Excesso de rega;
  • Uso de água fria para regar (o ideal é temperatura ambiente);
  • Mudar as plantas de lugar enquanto ainda estão em fase de adaptação;
  • Uso excessivo e sem instrução de inseticidas;

 

 

Fonte:

Plantas Ornamentais no Brasil – Harri Lorenzi e Moreira de Souza;

http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/ao1rosas1.html

 

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Ora-pro-nóbis – Pereskia aculeata

Hoje irei escrever sobre a Pereskia aculeata, conhecida popularmente como ora-pro-nóbis, que do latim significa ” rogai por nós”. Leva esse nome porque segundo a lenda, os moradores de um vilarejo colhiam as folhas da planta no quintal da igreja enquanto o padre rezava a missa. 

É uma cactácea originária do continente americano, encontrada abundantemente na região Sudeste do Brasil. Suas folhas e flores são comestíveis e vêm sendo utilizadas com maior frequência na culinária, principalmente na mineira.

É um vegetal rico em ferro, betacaroteno, vitaminas A, B e C, além de cálcio e fósforo. Por ser muito rica em proteínas,é conhecida popularmente como “carne de pobre”.

Além do alto valor nutritivo, o ora-pro-nóbis também é uma planta muito conhecida pelas suas propriedades medicinais.Utilizada  para aliviar processos inflamatórios, no tratamento de cistite, úlceras e queimaduras. Estudos realizados na Universidade Federal de Lavras constataram que a planta pode ajudar na prevenção de algumas doenças como varizes, câncer de cólon, tumores intestinais e diabetes, além de diminuir o nível do colesterol ruim no sangue.

Além de todos os benefícios nutricionais e medicinais citados, é uma planta ornamental, que pode ser utilizada no paisagismo, como trepadeira na cobertura de pérgolas, caramanchões, acompanhando cercas e coroando muros. Apresenta uma florada generosa, entre os meses de Janeiro a Abril. Suas flores além de exuberantes são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu cultivo indicado também aos apicultores. O curioso é que a floração, embora seja exuberante, dura apenas um dia.

A ora-pro-nóbis é uma boa alternativa aos produtores iniciantes na horticultura, por apresentar fácil manejo e se adaptar aos diferentes climas e solos. Abaixo darei algumas dicas de como cultivar essa maravilhosa planta.

Características: Trepadeira ou arbusto lenhoso pertencente à família das cactáceas, mas por ser uma espécie diferente dos cactos que estamos acostumados a ver atualmente é considerada como uma representante primitiva da família. Suas folhas são lanceoladas, suculentas e de coloração verde clara. Elas se inserem nos ramos finos, espinhosos, ramificados e bastante longos. Floresce no verão e outono, suas flores são pequenas, brancas e com o miolo alaranjado rico em néctar e pólen. Os frutos são bagas amarelas e arredondadas.

Clima: Por ser uma planta de clima tropical, deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra. Não tolera extremos de temperatura, de frio ou calor intenso.

Solo: A sua rusticidade permite que seja cultivada em vários tipos de solo.Embora seja pouco exigente em adubação, manter um bom nível de matéria orgânica no solo garante pleno desenvolvimento das plantas.

Colheita: Pode ser feita a partir do terceiro mês de plantio. Em geral a produção é por volta de 2.500 a 5.000 kg de folhas por hectare,variando conforme a época e a condução da cultura.

Propagação: Propaga-se por meio de estacas.

Receitas:

Suas folhas, secas,moídas ou frescas podem ser utilizadas em receitas como sopas, omeletes, tortas, refogadas ou cruas em saladas. Também podem ser utilizadas para enriquecer farinhas e pães.

PÃO VERDE

Ingredientes:
50 g de fermento para pão em tabletes
½ copo de água morna
½ copo de água fria
2 colheres (sopa) de margarina
2 ovos inteiros
1 colher (sopa) rasa de açúcar
1 colher (sobremesa) de sal
500g de farinha de trigo (pode ir um pouco mais ou menos, dependendo do ponto da massa)
100g de folhas(frescas) de ora pro nobis

MODO DE FAZER

Dissolver o fermento junto c/açúcar na água morna. Misturar em seguida os ovos, a margarina e o sal. Reserve. Colocar as folhas do ora pro nobis no liquidificador e bater c/água fria. Juntar os ingredientes reservados, adicionando a farinha até q.a massa comece a soltar das mãos. Sovar bem e deixar descansar até q.dobre de volume. Dividir a massa em dois pães e colocar novamente p.crescer. Levar p.assar em forno já aquecido

Fontes: 

Manual de Hortaliças Não-Convencionais – MAPA;

KINUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Nova Odessa: Ed. Plantarum, 768p. 2014;

http://beneficiosnaturais.com.br/ora-pro-nobis-beneficios-e-propriedades/

http://www.cpt.com.br/cursos-horticultura-agricultura/artigos/horta-como-plantar-ora-pro-nobis-pereskia-aculeata-miller

http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/a03orapronobis.htm

 

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Abacate – Persea americcana Mill.

Hoje irei escrever sobre o abacate, frutífera exótica muito cultivada em todo o país.

O abacate é um fruto nativo da América Central, porém por ser uma espécia de clima subtropical se adapta bem em todas as regiões brasileiras. Sendo o Brasil um dos maiores produtores desse fruto atualmente.

Até pouco tempo atrás o abacate era considerado o vilão das frutas e temia-se o seu consumo por achar que a gordura presente no fruto fizesse mal à saúde. Sendo um fruto proibido nas dietas de pessoas obesas, com hipertensão arterial, problemas cardíacos e outras patologias associadas ao acúmulo de gorduras.

Porém, estudos mais recentes vieram comprovar que o abacate e a gordura presente em seu fruto são extremamente benéficos a nossa saúde. Ao contrário do que se pensava, o abacate auxilia no emagrecimento, controlando a produção de insulina, mantendo estáveis o nível de glicose no sangue.  

Por ser um fruto rico em vitaminas, minerais, substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias, estimula a proteção do organismo contra várias doenças.

 Seu poder antioxidante protege contra a oxidação do colesterol LDL no organismo, reduzindo o risco de aterosclerose.

Fonte: beleza blog

Para quem tem interesse em cultivar essa frutífera seguem algumas dicas:

Características: O abacateiro é uma frutífera de porte arbóreo podendo atingir de 12-20 metros de altura. Suas flores apesar de serem hermafroditas, apresentam protoginia (órgão feminino se desenvolve antes do órgão masculino), o que faz com que as cultivares sejam divididas em grupos A e B, devendo-se plantar junto as árvores dos dois grupos para que a polinização ocorra.  

Atualmente no mercado existem várias cultivares, o que possibilita encontrarmos abacate o ano inteiro nos mercados.

Cultivares de abacate

Clima: Cada variedade se adapta melhor a um tipo de clima, mas em geral  a temperatura média ideal seria por volta dos 20°C, com a mínima não podendo ser inferior a 6°C.

Chuvas em torno de 1200 mm anuais desde que bem distribuídas são suficientes para o abacateiro. O excesso de chuvas durante o período de floração e frutificação prejudicam a qualidade do fruto.

Solo: Deve-se preferencialmente plantar em solos leves, profundos,bem drenados e ligeiramente ácidos. 

Época de Plantio: A época de plantio mais indicada é a que coincide com o período do início das chuvas, proporcionando melhor desenvolvimento vegetativo da planta.

Propagação: A propagação pode ser feita através de semente ou por meio de estacas (enxertia). 

Rendimento e Colheita: Para as mudas enxertadas após 2 ou 3 anos do plantio ocorrem a primeira colheita. O rendimento é variável, dependendo de cada cultivar, porém em um pomar bem cuidado pode-se colher de 200 a 800 frutos. 

Fontes:

CAMPOS, J. S. Abacaticultura Paulista. Campinas, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, 1984. 92 p. ( Boletim Técnico, 181);

DONADIO, L. C. Abacate para exportação: aspectos técnicos da produção. Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Programa de Apoio à Produção e Exportação de Frutas, Hortaliças, Flores e Plantas Ornamentais – Brasília: EMBRAPA –SPI, 1995 53 p. ( Série Publicações Técnicas FRUPEX; 2 , 2a ed. rev. ampl.);

http://www.frutasnobrasil.com/cultivo_do_abacate.html

http://www.iac.sp.gov.br/areasdepesquisa/frutas/frutiferas_cont.php?nome=Abacate

http://www.itabau.com.br/wp-content/uploads/2011/06/abacate.pdf

 

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Flor – de -Maio

Como estamos em Maio, mês das noivas, das mães, não poderia deixar de escrever sobre essa belíssima flor que representa esse mês. A flor- de- Maio, Schlumbergera truncata.

Nativa da Mata Atlântica do sudeste brasileiro, a flor-de-maio é uma suculenta pertencente a extensa família dos cactos, sem os tradicionais espinhos. É uma planta epífita, que cresce em rochas, troncos e galhos de árvores.

O nome popular desse cacto varia com a data e o local que floresce, podendo também ser conhecido como: cacto-de-páscoa, cacto-de-natal, flor-de-seda.

Esses cactos são famosos por serem  cultivados em vasos e jardineiras do mundo todo, devido a sua  facilidade de cultivo, tamanho, forma e cor das flores, que produzem abundantemente durante um curto período de tempo. A flores são multicoloridas, sendo os tons de rosa, branco, amarelo e vermelho as mais comuns.

Para quem ficou com vontade aqui vão algumas dicas de como cultivar esse belíssimo cacto.

 

Características: Originário do Sudeste do Brasil, pode chegar até 30 cm de altura, porém por apresentarem um sistema radicular relativamente pequeno, podem ser cultivadas em vasos de 10 cm de diâmetro.

Clima: Aprecia temperaturas amenas, porém não tolera temperaturas muito baixas, sendo a temperatura ideal para o seu florescimento entre 10 a 20 °C.

Iluminação: Por apreciar temperaturas amenas, deve ser mantida em ambientes sombreados ou a meia-sombra, em local protegido de chuva e sol forte.

Solo: Deve ser cultivada em substrato para epífitas misturado com terra vegetal. O substrato deve ser bem drenado, fértil e apresentar um pH levemente ácido, na faixa de 5,5 a 6,2.

Irrigação: O solo deve permanecer levemente úmido, pois água em excesso favorece o aparecimento de doenças e o apodrecimento da planta.

Ciclo de cultivo: Planta perene, sendo recomendado o replantio a cada 3 anos.

Floração: A floração atinge seu auge durante os meses de Outono ( Abril – Junho), sendo em Maio, quando realmente ocorre a maior parte da florada.

Quando polinizadas, produzem pequenos frutos de 1 a 2 cm que adquirem uma forte coloração rosa quando estão maduros.

Propagação: Podem ser propagadas por estaquia, destacando os pedaços das plantas, que enraízam facilmente quando plantadas em solos úmidos. 

Por sementes, semeadas superficialmente sobre o solo, porém por esse processo o crescimento das mudas é lento.

Fontes:

http://www.cuidar.com.br/flor-de-maio

http://jardinagemepaisagismo.com/a-flor-de-maio.html

http://www.jardineiro.net/plantas/flor-de-maio-schlumbergera-truncata.html

 

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Noz-da-Índia – Aleurites moluccana

Hoje irei falar um pouco dessa árvore originária da Ásia Central, cultivada em todas as regiões tropicais e subtropicais do globo, e que vem ganhando cada vez mais fama. A Aleurites moluccana, também conhecida popularmente como noz-da-índia ou nogueira-do- iguape.

Fonte: forestryimages.org

A semente dessa árvore, popularmente chamada de noz-da-índia, é conhecida por possuir vários benefícios medicinais, e atualmente, o seu uso vem sendo divulgado na internet para emagrecimento, por suas propriedades altamente laxativas. 

Porém existem muitas referências que citam sua toxicidade, principalmente das sementes não processadas , as quais contém as substâncias tóxicas :  saponina (toxalbumina) e forbol. 

Os sintomas de toxicidade, podem ser observados 20-40 minutos após a ingesta das nozes.Que são náuseas, vômitos, cólicas abdomiais violentas, diarreia, evoluindo para sede intensa, secura nas mucosas, letargia e desorientação.Nos casos mais graves, ocorre desidratação acentuada, dilatação das pupilas, taquicardia, taquipnéia e hipertermia. A intensidade dos sintomas varia de acordo com cada organismo, e já pode ser observado com a ingestão de uma noz.

No Brasil, não existe nenhum produto registrado contendo a espécie Aleurites moluccana, sendo assim, os produtos divulgados estão irregulares.

Outro fato que muitos talvez desconheçam é que por serem muito parecidas  a maioria das sementes vendidas como noz-da-índia (Aleurites moluccana), na verdade trata-se da Thevetia peruviana, conhecida popularmente como chapéu-de-napoleão.

Sendo que a semente do chapéu-de-napoleão, apresenta um grau de toxidez maior que o da noz-da-índia, por possuírem alta concentração de glicosídeos cardiotônicos, que causam batimento fraco e irregular do coração,  náusea, vômitos, diarreia, vertigem, convulsões tetânicas e até a morte.

Depois de ter feito esse alerta, vou falar sobre o uso dessa árvore no paisagismo. A Aleurites moluccana, é a árvore símbolo do Havaí. No Brasil é cultivada como ornamental em São Paulo e Rio Grande do Sul, sendo subespontânea no litoral brasileiro.

Características: Apresenta um rápido crescimento, atingindo até 12 metros de altura, sua folhagem quando jovem torna-se branco-pulvurulenta. Apresenta folhas simples, alternadas e dispostas espiraladamente.

Suas flores são minúsculas e agrupam-se em panículas nas extremidades dos ramos.

Os frutos são semilenhosos em cápsula ovóide, medindo de 5 a 6 cm de comprimento,contendo duas sementes grandes, ásperas e oleaginosas, envoltas por uma polpa carnosa.

Polinização: são polinizadas por abelhas e a dispersão das sementes é feita por animais (zoocórica).

Usos: Pode ser utilizada na arborização urbana pela folhagem prateada e floração. O óleo das sementes pode ser utilizado para a fabricação de velas e sabão. As sementes polidas são utilizadas em bijuterias e fornecem tinta para tecidos, canoas e tatuagem. A madeira é pouco resistente e raramente utilizada.

Fontes: 

LORENZI, H. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromática. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2003.368 p.

LORENZI, H, F.J. Abreu Matos, Lúcia F. Lopes dos Santos, Maria E. O. Matos, Maria G. V. Silva, Mirian P. Sousa. PLANTAS TÓXICAS – Estudo de Fitotoxicologia Química de Plantas Brasileiras. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.

http://www.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/88/2016/02/Nota-T%C3%A9cnica-001_2016_Noz-da-India.pdf

http://siaibib01.univali.br/pdf/Juliane%20Seleme%20Brehmer.pdf

http://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/11035-2/

 

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